segunda-feira, 7 de maio de 2007

curiosidades










































































































































































































































































































































































































































































































































As Melhores Coisas da Vida















































Um olhar especial.























Receber cartas.























Conduzir numa estrada bonita.























Ouvir a sua música preferida no rádio.























Um banho de espuma.























Uma boa conversa.























Praia.























Encontrar uma nota de € 500,00 no bolso do casaco que não usava desde o ano passado.























Rir de si própria.























Ligações à meia noite que nunca terminam.























Rir sem absolutamente razão nenhuma.























Ter alguém para lhe dizerque você é muito bonita.























Os amigos
Ouvir acidentalmente alguémfalar bem de si.























Acordar e perceber que ainda temalgumas horas para dormir.























Fazer novos amigos.























Conversar à noite com um amigo especialque não a deixa dormir.























Alguém brincar com o seu cabelo.























Bons sonhos.























Chocolate quente.























Viajar.























Dançar























Beijar na boca (Hummmm!).























Ir a um bom espectáculo.























Ter arrepios ao ver "aquela" pessoa.























Ganhar um jogo difícil.























Segurar a mão de um amigo.























Encontrar com um velho amigoe descobrir que tem coisas que nunca mudam.























Descobrir que o amor é incondicional.























Abraçar as pessoas que ama.























Ver a expressão de alguém quando lhe dá um presente que queria muito.























Ver o nascer do sol.

























Aniversário

























No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,

























Eu era feliz e ninguém estava morto.
























Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
























E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
























No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
























Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
























De ser inteligente para entre a família,
























E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
























Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
























Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
























Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
























O que fui de coração e parentesco.
























O que fui de serões de meia-província,
























o que fui de amarem-me e eu ser menino,
























O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...A que distância!...(Nem o acho...)
























O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
























O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
























Pondo grelado nas paredes...
























O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhaslágrimas),
























O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
























É terem morrido todos,
























É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
























No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
























Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
























Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
























Por uma viagem metafísica e carnal,
























Com uma dualidade de eu para mim...
























Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
























Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
























A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
























O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
























As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
























No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
























Pára, meu coração!Não penses!
























Deixa o pensar na cabeça!
























Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
























Hoje já não faço anos.
























Duro.
























Somam-se-me dias.
























Serei velho quando o for.
























Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
























O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...



















































Fernando Pessoa
Aeroporto no Japão

1 comentário:

Prosider disse...

Isto não é obra nem de "Sizas", nem de "Soutos Moura", é obra do André e da Susana, Bjs. Esta fantastico