quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Duas Exposições
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sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Natal ...... novamente - 2007
Uma estrela de luz brilhou em Belém
"O Natal agita uma varinha mágica sobre todo o mundo, e observe, tudo é mais suave e mais bonito."
"Feliz Natal! Por que nós dizemos isto uma vez por ano, quando nós podemos dizer a qualquer época do ano. Então. FELIZ NATAL!!!"
"Uma das coisas agradáveis sobre o Natal é que você pode fazer as pessoas esquecerem do passado com um presente."
"É Natal na mansão, fogos natalinos e vestidos de seda; É Natal na cabana, a Mãe está enchendo pequenas meias. É Natal na rodovia, na multidão, comércio cheio; Mas o mais querido, mais verdadeiro Natal é o Natal em si."
"O melhor de tudo, Natal quer dizer um espírito de amor, um tempo quando o amor de Deus e o amor dos seres humanos deveriam prevalecer acima de todo o ódio e amargura, um tempo em que nossos pensamentos, ações, e o espírito de nossas vidas manifestam a presença de Deus."
"A única pessoa realmente cega na época de Natal é aquela que não têm o Natal em seu coração."
"Sugestões de presente para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito." Oren Arnold
"Eu sempre pensei em Natal como um tempo bom; um bem, perdão, generosidade, época agradável; uma época em que os homens e mulheres parecem abrir os corações deles/delas espontaneamente, e assim eu digo, Deus abençoe o Natal!" Charles Dickens
"Natal, minha criança, é amor em ação. Toda vez que nós amamos, toda vez que nós damos, é Natal." Dale Evans Rogers
"O Natal começou no coração de Deus. Só está completo quando alcançar o coração do homem."
O cartão de Natal surgiu em 1843, época em que os Contos de Natal de Charles Dickens acabavam de ser lançados. Foi quando Sir Henry Cole, diretor do British Museum of London. percebeu, quase no final do ano, que não teria mais tempo de escrever, à mão, as felicitações de Natal.Quem fez os cartões, a seu pedido. foi o artista plástico mais em voga na época, John Callicot Horsley, membro da Royal Academy. Horsley pegou um cartão pequeno, quadrado, e dividiu o em três partes. No centro, desenhou uma família reunida em volta da mesa, bebendo alegremente, e ao lado crianças esfomeadas recebendo comida e roupas. Na parte de baixo, escreveu: A Merry Christmas, a happy New Year to you.
Noite Feliz!
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje.
Mas como surgiu a figura do Pai Natal nas festas natalinas? Existe muita controvérsia sobre sua origem, porém a mais fidedigna das versões é que o Pai Natal é a figura estilizada de São Nicolau, Santa Claus, entre os ingleses e norte-americanos e, no resto da Europa, transformou-se em Papai Noel (Père Noel, em francês; Sinter Klaas, em holandês).
São Nicolau passou a ser representado com longas barbas brancas, montando um burrinho e carregando um grande saco, cheio de presentes. Ele entrava pelas chaminés das lareiras das casas. Na Suécia e Noruega, falava-se que o próprio santo era quem distribuía os presentes, colocando-os nas lareiras das casas, nos sapatos e nas meias das crianças.
A imagem que conhecemos, o simpático velhinho de barbas brancas, roupas vermelhas e sorriso nos lábios. Nasceu de um quadro do pintor norte-americano Thomas Nast, em pleno século XIX.
O Nascimento de Jesus
Tendo Jesus nascido em Belém na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: "Onde está o rei dos judeus, recém-nascido? Com efeito vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo." Ouvindo isto, o rei Herodes ficou alarmado e com ele toda Jerusalém. E, convocando todos os sumos sacerdotes e os escribas do povo, procurou saber deles onde havia de nascer o Messias. Eles responderam: "Em Belém da Judéia", pois é isto que foi escrito pelo profeta:
Árvore de Natal
Quando São Vilfrido (634-710), monge anglo-saxão, começou a pregar o Cristianismo na Europa Central, encontrou crenças pagãs arraigadas entre esses povos, uma das quais a do espírito que habitava no carvalho. Para destruí-la, resolveu cortar um velho carvalho existente em frente à sua pequena igreja... Segundo a lenda, nesse momento irrompeu pinheirinho existente na Europa, passou a ser colocada junto ao presépio como símbolo cristão, pois Jesus é o tronco e nós somos os ramos; Jesus é a Árvore da Vida e dela é que colhemos os frutos da vida eterna.
Os Reis Magos
Os Reis Magos são personagens que vieram do Oriente, guiados por uma estrela, para adorar o Deus Menino, em Belém (Mateus 2, 1-12).
Ignora-se a providência dos Reis Magos, este episódio foi apenas relatado no Evangelho de S. Mateus e, mesmo assim, de forma muito resumida e vaga. Só com o passar do tempo, se foram acrescentando detalhes, para se sanarem as lacunas deixadas no Evangelho em relação a esta história.
A designação “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, contudo esta palavra também era usada para designar os astrólogo. Isto fez com que, inicialmente, se pensasse que estes magos eram sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas e os medos.
Posteriormente, a Igreja atribuiu-lhes o apelido de “Reis”, em virtude da aplicação liberal que se lhes fez do Salmo 71,10.
Quanto ao número e nomes dos Reis Magos são tudo suposições sem base histórica, aliás algumas pinturas dos primeiros séculos mostram 2, 4 e até mesmo 12 Reis Magos adorando Jesus. Foi uma tradição posterior aos Evangelhos que lhes deu o nome de Baltasar, Gaspar e Belchior (ou Melchior), tendo-se também atribuído a cada um características próprias.
Belchior (ou Melchior) seria o representante da raça branca (europeia) e descenderia de Jafé; Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e seria descendente de Sem; por fim, Baltasar representaria todos os de raça negra (africana) e descenderia de Cam. Estavam assim representadas todas as raças bíblicas (e as únicas conhecidas na altura: os semitas, os jafetitas e camitas. Pode então dizer-se que a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus simboliza a homenagem de todos os homens na Terra ao Rei dos reis, mesmo os representantes do tronos, senhores da Terra, curvam-se perante Cristo, reconhecendo assim a sua divina realeza.
Esta ideia só surgiu no século XVI, assim só a partir deste século é que se começou a considerar que Baltasar era negro, de forma a que se pudesse abranger todas as raças.
Nota: Jafé, Sem e Cam são os 3 filhos de Noé, que segundo o Antigo testamento representavam as 3 partes de mundo e as 3 raças que o povoavam naquele tempo.
Para além desta simbologia, pela cultura a cristã, os Reis Magos simbolizam que os que os poderosos e abastados devem curvar-se perante os humildes, despojando-se dos seus bens e colocando-os aos pés dos demais seres humanos, ou seja, devem partilhar a sua fortuna com os mais pobres.
Também em relação às idades dos Reis Magos tudo são suposições sem nenhuma base histórica. Só no século XV, se fixou que Belchior teria 60 anos, Gaspar estaria com 40 anos e Baltasar 20 anos.
Tem de se ter em atenção que as características físicas e as idades dos Reis Magos variam consoante o autor.
O dia de Reis celebrava-se a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os Reis Magos chegaram finalmente junto ao Menino Jesus. Em alguns países é no dia 6 de Janeiro que se entregam os presentes.
Ao chegarem ao seu destino, os Reis Magos deram como presentes ao Menino Jesus:
Ouro (oferecido por Belchior): este representa a Sua nobreza;
Incenso (oferecido por Gaspar): representa a divindade de Jesus;
Mirra (oferecido por Baltasar): a mirra é uma erva amarga e simbolizava o sofrimento que Cristo enfrentaria na Terra, enquanto salvador da Humanidade, também simbolizava Jesus enquanto homem.
Assim, os Reis Magos homenagearam Jesus como rei (ouro), como deus (incenso) e como homem (mirra).
Coloca-se a questão de saber como é que os Reis Magos associaram o aparecimento da Estrela com o nascimento de Jesus. A verdade é que existem várias teorias, mas não há como saber qual delas é a correcta. Uma dessas teorias considera que os Reis Magos descobriram a relação entre o novo astro e o nascimento de Cristo.
Mais explicações sobre esta questão e outras relacionadas com os Reis Magos são dadas através de textos apócrifos, isto é, textos não reconhecidos pela Igreja.
Contudo estes textos foram, de um modo geral, escritos nos séculos II e III da era cristã, para preencherem lacunas sobre a vida de Jesus e de outras personagens do Novo Testamento, assim objectivo destes era saciar a curiosidade religiosa, transformando o vago em concreto, independentemente da veracidade dos factos, daí não estarem incluídos nos chamados Livros Canónicos.
14 “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de Seu agrado.” 15Quando os anjos se afastaram em direcção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos então até Belém e vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.” 16Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o Menino, deitado na manjedoura. 17E quando os viram, começaram a espalhar o que lhes tinham dito a respeito daquele Menino. 18Todos os que os ouviram se admiraram do que lhes disseram os pastores. 19Quanto a Maria, conservava todos essas coisas ponderando-as no seu coração. 20E os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, segundo lhes fora anunciado.
(Lucas 2,1-20)
Jesus, em hebreu, Jehoshua, abreviado em Jeshua, que quer dizer “Javé, é a salvação”, o filho de Deus, segundo o Evangelho, e o Messias anunciado pelos profetas. Nasceu em Belém da Virgem Maria, em 25 de Dezembro do ano de 749 de Roma, embora o cálculo feito no século VI pelo frade Dionísio, e que serve de cronologia da era cristã, colocou o nascimento, erradamente, no ano de 754. Jesus morreu crucificado, no ano 33 da era moderna.Segundo os Evangelhos, o presépio que serviu de berço ao Menino Jesus foi visitado pelos Reis Magos do Oriente (Baltasar, Belchior e Gaspar). O rei da Judeia, Herodes, sabendo que chegada do Messias era anunciada para essa época pelos antigos profetas, ordenou que todos os recém-nascidos fossem assassinados. Perante isto, José (pai adoptivo de Jesus) e Maria decidiram fugir para o Egipto, para salvarem a vida de Jesus. Só depois da morte de Herodes, esta família voltou para Nazaré, na Galileia. Aqui Jesus cresceu, ajudando seu pai adoptivo no trabalho de carpinteiro.Aos 30 anos, Jesus começou a sua missão, sendo baptizado por seu primo S. João Baptista, nas águas do Jordão. Em seguida, dirigiu-se para o deserto onde permaneceu durante 40 dias em jejum e onde resistiu às tentações de Satanás.Começou por pregar o Evangelho ou a “boa nova” na Galileia, depois dirigiu-se para Jerusalém, lugar onde se deparou com uma hostilidade crescente por parte dos fariseus. Na sua missão, Jesus foi acompanhado pelos seus discípulos, os doze apóstolos, com estes percorreu as cidades da Judeia e da Galileia, pregando a caridade, o amor de Deus e do próximo e realizando inúmeros milagres.As ideias defendidas por Jesus Cristo fizeram enfurecer os fariseus e os sacerdotes judeus, que acusaram-no perante o governador romano, Pôncio Pilatos, de se dizer Rei dos Judeus e de querer derrubar o governo estabelecido. Judas, um dos apóstolos, traiu Jesus por 30 dinheiros. Depois de ter celebrado a última ceia e instituído a Eucaristia, Cristo teve de comparecer perante o sumo-sacerdote dos Judeus, Caifás, e em seguida perante a justiça romana, representada por Pôncio Pilatos. Condenado pelo primeiro, abandonado pelo segundo, coberto de ultrajes pelo povo subiu ao Calvário, onde morreu crucificado entre dois ladrões. Ressuscitou ao 3º dia e apareceu a muitos dos seus discípulos, encarregando-os de espalhar a sua doutrina pelo mundo inteiro. Quarenta dias depois da sua ressurreição, subiu aos céus na presença dos seus discípulos. Esta é a narrativa dos Evangelhos, contudo surgiram críticos, entre os quais Satruss e Renan, que deram diferentes interpretações ao texto.Em “A vida de Jesus” por Ernest Renan (1863), o autor coloca-se num ponto de vista racionalista, rejeitando o sobrenatural. Para Renan, os Evangelhos têm apenas um valor histórico duvidoso, embora reproduzissem de forma fiel os ensinamentos do Mestre, sublime pessoa a quem é permitido chamar divina, isto porque Jesus foi o indivíduo que fez dar à espécie humana o maior passo para o divino.
Independentemente da visão que se possui do Evangelho, a verdade é que a existência de Jesus é inegável, a investigação científica comprova isso. Existem vários textos históricos que comprovam essa existência.
Bibliografia:
"Lello Universal", volume I, Lello e Irmão Editores
Missa do Galo
O Natal, segundo das leis canónicas (leis ditadas pela Igreja), deve ser composto por 4 missas: a vigília nocturna, a da meia-noite, a da aurora e por fim a da manhã.
Contudo, em termos práticos, não se conseguem celebrar as 4 vigílias, sendo normalmente dispensada a da noite e a da aurora. Assim, a primeira missa celebrada no Natal é a da meia-noite.
A missa celebrada à meia-noite, na passagem do dia 24 para o dia 25 de Dezembro, denomina-se de Missa do Galo. Esta apareceu no século V, pelas mãos dos católicos romanos.
Em relação a esta missa surgem duas questões: Saber o porquê da missa ser celebrada à meia-noite. Saber a razão pela qual esta missa é chamada de missa do galo.
No que se refere à primeira questão, à razão pela qual a missa é celebrada à meia-noite, parte-se da seguinte ideia:
Já que nesta missa se celebra o nascimento de Cristo, ela deve ser celebrada à mesma hora do nascimento Deste. Ora, como se pensa que Jesus terá nascido à meia-noite, a missa deve ser celebrada à meia-noite em ponto.
A segunda questão cria maior discórdia, existem várias teorias que tentam explicar qual o motivo denominação de missa do galo.
A explicação mais comum é a da lenda que conta que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus, por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o nascimento de Cristo, através do seu canto.
Até ao início do século XX, a tradição ditava a meia-noite era anunciada, dentro da igreja, através do canto de um galo, real ou simulado.
No seu início, a missa do galo era uma celebração jubilosa, longe do carácter solene que existe nos dias de hoje.
Até princípios do século XX, manteve-se o costume do privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus estar reservado aos pastores congregados ali. Durante a adoração ao Menino, as mulheres depositavam doces caseiros e em troca recebiam pão bento ou pão do Natal. Outro costume era o de se guardar um pedaço desse pão bento como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave.
Uma tradição que existia em algumas aldeias portuguesas e espanholas, era o de se levar um galo para a Missa do Galo, se este cantasse era um prenúncio de boas colheitas para esse ano.
Com o advento do regime republicano e com a falta de párocos em muitas freguesias, fizeram com que a Missa do Galo começa-se a cair em desuso.
Em França, as Missas do Galo mais famosas, como a de Nôtre Dame e a de Saint Germain dês Prés, são muito concorridas, nestas é necessário reservar lugar com bastante antecedência, até porque durante a noite de Natal, também há apresentações de belos programas de música sacra.
Nota: Erradamente, alguns atribuem a S. Francisco de Assis a criação da Missa do Galo. Contudo, a existência desta é muito anterior à época na qual S. Francisco viveu (no século XIII):
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Possa o Novo Ano ser sinónimo de muita Saúde e Paz para todos vós na companhia de quem mais amam e vos estima.
Um brinde à Vida!
Madeleine
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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
sábado, 6 de outubro de 2007
Amália
Destino - Fatum - Fado
Fatum em latim significa destino.
Após a reconquista cristã, os canticos dos Mouros (primeira metade do sec XIX) permaneceram na Mouraria bairro da cidade de Lisboa, esta é a explicação mais aceite para a origem do Fado de Lisboa
A dolência e a melancolia daqueles cantos, tão comum no Fado, estaria na base dessa explicação.
O fado teve o seu apogeu com Amália Rodrigues.
Grandes poetas, como Luís de Camões, José Régio, Pedro Homem de Mello, Alexandre O’Neill, David Mourão-Ferreira, Ary dos Santos e outros, emprestaram os seus poemas para depois de musicados serem cantados por Amália.
O Fado de Lisboa que é hoje conhecido mundialmente pode ser (e é muitas vezes) acompanhado por violino, violoncelo e até por orquestra, mas não dispensa a sonoridade da guitarra portuguesa.
As melhores casas de fado encontram-se nos bairros típicos de Lisboa: Alfama, Mouraria, Bairro Alto e Madragoa.
Mantém as características dos primórdios: o cantar com tristeza e com sentimento mágoas passadas e presentes. Mas também pode contar uma história divertida com ironia ou proporcionar um despique entre dois cantadores, muitas vezes improvisando os versos – então, é a desgarrada.
AMÁLIA RODRIGUES (Amália da Piedade Rebordão Rodrigues) é o exemplo máximo do fado.
1920 - Serra da Gardunha, um tocador de cornetim e sapateiro leva uma vida insegura, tem que assegurar o sustento dos quatro filhos e da mulher novamente grávida.
Resolve sair da Beira Interior e tentar a sorte em Lisbooa.
É em Lisboa, na Rua Martim Vaz, que a mulher dá à luz uma criança do sexo feminino: Amália da Piedade Rodrigues. A vida está má e o sapateiro-músico não arranja trabalho. Voltam todos para o Fundão mais pobres do que nunca. Excepto Amália que, com 14 meses, fica em Lisboa com os avós.
Aos14 anos e depois de frequentar a escola Amália resolve ir viver de novo com os pais e irmãos que regressaram a Lisboa.
Passa a viver numa enorme confusão, a casa era pequena para tanta gente, o casal e os seus cinco filhos.
Como é costume das gentes da Beira Baixa, as hierarquias são para se respeitar. O irmão mais velho é que quem manda, é quem bate, Amália apanha muitas bofetadas do irmão por cantar na rua - ela que tanto gosta de cantar.
Por outro lado Amália ,como filha mais velha, tem que ajudar a mãe na lida da casa. Passa as calças e as camisas dos irmãos, tira nódoas dos fatos domingueiros. Todos os dias leva o almoço aos irmãos à tasca o “77” em Alcântara, onde eles só consomem vinho para poderem usar as mesas.
Eram muito pobres, mas apobreza para eles era natural. Ninguém se lamentava.
Era o fado da gente pobre. Se estava frio ficavam à braseira. Se chovia os alguidares, tachos e panelas espalhados no chão apanhavam a chuva. Se a água caía e estavam a dormir encolhiam-se para o lado.
Amália escreve nas suas memórias ..."Mas nunca nos revoltámos com a vida. Com certeza, que havia pessoas diferentes de nós, senão não havia revoluções. Mas nuca ouvi sequer falar dessas coisas. Os privilegiados é que falam dessas coisas, não são os pobres. E no fundo entre os pobres também há diferenças de classe. Éramos gente à margem».
Aos 23 anos, Amália divorciada a seu pedido, é uma jovem divertida e independente. Ganha bem e sente-se bem em Lisboa. A vida é uma festa. Agrada ao público com a sua voz. Canta e dança tudo o que está na moda; passodobles, tangos, sambas, valsas. Todos lhe fazem a corte. Leva o público das casas de fado atrás dela.
1943 - Começa o seu sucesso internacional - estreia-se com grande sucesso no estrangeiro em Madrid, a convite do embaixador português.
Em 1949 António Ferro é uma espécie de ministro de Salazar para a cultura. Tem o apoio artístico do sector modernista nacionalista, entre os quais se destaca Almada Negreiros. Amália já fizera grande sucesso no Brasil e em Madrid. Os seus discos são vendidos em 16 países. Pela primeira vez vai a Londres e a Paris a convite de António Ferro, que considera Amália uma grande artista e mulher inteligente. Sempre que é necessário abrilhantar as recepções governamentais pede-lhe que esteja presente para cantar e encantar: «Achava que eu era melhor toalha que tinham em casa mas nunca me ajudou a ser a Amália Rodrigues». Nunca ninguém do governo a elogiou. A única pessoa que sempre a tratou com respeito foi realmente o António Ferro. Salazar sempre que a ela se referia, chamava-lhe a criaturinha .
Em 1950 surge o Plano Marshall baseado num programa económico para restaurar uma Europa em ruínas. Organizam-se os primeiros espectáculos na cidade de Berlim.
Canta os poetas portugueses Pedro Homem de Mello e David Mourão Ferreira. A Irlanda, país onde a música popular tem fortes raízes, é também representada por cantores ligeiros.
Em Roma Amália quebra um tabu. Canta no Argentina, um teatro de Ópera.O contraste é grande. Amália é a única cantora ligeira. Treme como varas verdes. Está sozinha com a guitarra portuguesa e a viola.
Entra no palco em pãnico.
"A diferença entre vocês e os de antigamente, é que vocês sentam-me à vossa mesa. Os outros recebiam-me muito bem, gostavam muito de mim e de me ouvir cantar, mas era diferente, só era recebida no fim, para cantar».
Amália referindo-se a Mário Soares quando em1980 é condecorada com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo então presidente da República Mário Soares.
"Vem morte que tanto tardas / Ai como dói / A solidão quase loucura" - Amália Rodrigues
"Quando canto escuto-me, e quando me escuto acabo a chorar"
Estranha forma de vida
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
Amália Rodrigues representou Portugal em todo o mundo, propagou a cultura portuguesa, a língua portuguesa e o Fado.
Publicada por Madalena à(s) 14:34 0 comentários