domingo, 15 de abril de 2007

Arte




O que é um happening?




O happening (do inglês, acontecimento) é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.

Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama".
O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.
Na pop art, artistas como Kaprow e Jim Dine, programavam happennings com o intuito de "tirar a arte das telas e trazê-la para a vida". Robert Rauschenberg, em Spring Training (do inglês, Treino de Primavera), alugou trinta tartarugas para soltá-las sobre um palco escuro, com lanternas presas nos cascos. Enquanto as tartarugas emitiam luzes em direções aleatórias, o artista perambulava entre elas vestindo calças de jóquei. No final, sobre pernas-de-pau, Rauschenberg jogou água em um balde de gelo seco preso a sua cintura, levantando nuvens de vapor ao seu redor. Ao terminar o happening, o artista afirmou: "As tartarugas foram verdadeiras artistas, não foi?"
Durante o movimento Provos, de 1964 a 1966, os membros do grupo faziam happening nas praças de Amsterdan.
Em 2005, o Happening, não é ainda uma ferramenta extinta. Como tal, em Portugal não assume qualquer significado.
Talvez artistas como Alberto João Jardim tentem em vão imprimir às suas actuações um cunho de Happening, mas mesmo assim sem resultado.

Principais artistas
Allan Kaprow

Claes Oldenburg
Jim Dine

John Cage

John Milton Cage (5 de setembro de 1912 - 12 de agosto de 1992) foi um compositor musical experimentalista e escritor norte-americano. É o compositor da famosa peça 4'33", pela qual ficou célebre. Composta em 1952, a peça consiste em 4 minutos e 33 segundos de música sem uma nota sequer.
Foi um dos primeiros a escrever sobre o que ele chamava de
música de acaso (o que outros decidiram rotular de música aleatória) - música cujo alguns elementos eram deixados ao acaso; também ficou conhecido por seu uso não convencional de instrumentos e seu pioneirismo na música eletrônica. Participou do movimento Fluxus que abrigava artistas plásticos e músicos.

Robert Rauschenberg

Nasceu em 1925, em Port Arthur, no Texas e Na década de 60 Rauschenberg o silk-screen para imprimir imagens fotográficas a grandes extensões da tela, unificando a composição através de grossas pinceladas de tinta e ganhou reconhecimento internacional na Bienal de Veneza de 1964. Hoje vive em Nova York, onde ainda trabalha como artista plástico.

Roy Lichtenstein

Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 — Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um pintor estado-unidense identificado com a pop art.
Em sua obra, procurou valorizar os clichês das
histórias em quadrinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa tornando-a objeto da arte
.
Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo
Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista
para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.

1 comentário:

Anabela Magalhães disse...

O Alberto João é ele próprio um Happening!!!!